sábado, 5 de janeiro de 2013

Pra começar o papo (..)


Juntos, somos fortes! Juntos, seremos mais chatos do que nunca nenhum blogueiro/escritor sonhou ser... 
Bom, o intuito aqui é a divulgação e também o intercâmbio textual. Por isso, dispa-se de qualquer preconceito que possa ter sobre qualquer gênero ou estilo. Fique a vontade para elogiar o que te agrada e descer a lenha naquilo que ofende o seu paladar literário. 
Despiu-se? Ok. Você terá a oportunidade de ler tudo quanto é tipo de texto num só lugar. Ó que beleza. Para começar, nossa homenagem ao Dia do Leitor: 

Ei, silêncio!

Uma biblioteca de tamanho médio mas com um número enorme de livros era o ponto de reunião. O grupo sentava-se em uma mesa, num espaço mais reservado, para discutir suas vidas de leituras. A primeira, reclamava do tempo:

- Não há tempo para ler tudo o que quero, impressionante! Minha pilha de livros que compro e ganho cresce, junto com as de emprestados e, além de tudo isso, ainda tenho os livros herdados que nunca li. O pior é que a cada livro maravilhoso que descubro e devoro e sinto, que me marcam, um novo aparece. A pilha nunca esvazia.

– Mas Lelê – disse Wilton num gracejo –, não vejo isso como necessariamente um problema. Para mim, um mancebo na flor da idade e um ledor convicto, livros são como mulheres. E há incontáveis mulheres no mundo, de modo que é inexequível ter com todas elas e apreciar, por assim dizer, a beleza de cada uma ao máximo. Mas isso não me parece o fim do mundo nem motiva em mim preocupação. “O que não tem solução solucionado está”. Eu consigo conceber a minha felicidade com um número limitado e até mesmo pequeno de mulheres, de pessoas mesmo. Com os livros não seria diferente. Leio poucas mulheres, mas as leio bem.

Mais atrás Lucas murmurava:

- Dinheiro, dinheiro e mais dinheiro. – reclamou. – O capitalismo em torno do mundo literário só aumenta todos os dias. Como vou conseguir comprar os livros que quero se ainda nem terminei de pagar a última compra no submarino? Minha lista de desejos no Skoob está praticamente lotada e nenhuma alma caridosa tem a solidariedade de me dar um. É preciso correr atrás de trilhões de promoções pelo facebook a fora se eu quiser algum livro de graça, sendo que na maioria não ganho. Frustrante.

A bibliotecária pede silêncio ao grupo bruscamente. Emudecem

– Vocês falam demais. – disse Murillo – “Não consigo ler tudo o que quero”; “Livros são como mulheres”; “Não consigo pagar a conta do submarino”. Blá blá blá. Podemos ir pro bar agora? Vocês sabem que eu não concordei em vir aqui, não? 

A bibliotecária reclama da falta de silêncio novamente. 

– A gente tá de saída já!

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