Ia assim, meio assim meio assado.
Cantava, bebia, tragava e acelerava.
Chorava, gritava, bebia e acelerava.
Cochilava, lembrava, sorria e acelerava.
Urrava, sangrava, cochilava e acelerava.
E por entre quilômetros de lágrimas e madrugadas de cafeína e álcool parou. Apenas parou. Desceu, olhou. Pegou uma pedra, a maior que tinha em volta e a soltou no acelerador. Entre uma tragada e um gole, assistia o show. Lentamente o carro descia, descia e descia, até cair de vez, se destruir e explodir. Ele sorriu. Secou uma lágrima perdida no canto do olho esquerdo, atirou a garrafa vazia para longe e começou a andar. Para longe também...
Nossa, que texto intenso,
ResponderExcluirfiquei paralisada lendo, tem um lirismo e apesar de saber o que acontece no final, li todo num impulso nervoso!
Muito bem escrito!
Tem promoção e post novo no blog
endless-poem.blogspot.com.br
Beijão