Ele conheceu uma garota que gostava de futebol. Fingiu torcer para o mesmo time dela, a levou para o estádio, correu atrás e conseguiu o autógrafo do maior ídolo dela. Nas quartas e domingos, quando não iam ao estádio iam a um bar, pediam cerveja e provolone e, às vezes, calabresa; ou ficavam em casa, assistiam aos jogos juntos e faziam amor em comemoração a vitória ou para esquecer a derrota. Ele a agradou de todas as maneiras possíveis e, no quarto mês, a largou.
Conheceu uma garota viciada em moda e coleções. Primavera-verão; outono-inverno. Na verdade, eles só curtiram juntos a primavera, pois no começo do verão, depois de tardes no shopping e noites em desfiles e restaurantes ‘chiques’ frequentados por pessoas do meio, ele a largou. “Procure alguém melhor, eu não sirvo para você”, ele disse pra essa - e pra primeira também.
No início do verão, conheceu uma esportista e também disse se interessar pelas mesmas coisas que ela. Praia, sol, academia, exercícios. Depois de muito suor, a largou. Era quase junho. “Procure alguém melhor”.
A quarta só se vestia de preto – ainda bem que já era inverno – e ouvia rock. Era sexy e obscura. Eles bebiam e transavam em meio a garrafas e ela gozava e dizia que o amava. Ele a levava a exposições e coisas do tipo. Ela e a seguinte, que veio três meses depois e que gostava desse tipo de passeio também. Ele largou as duas. Três meses pra cada; contados. Aconteceu o mesmo com uma bibliotecária, uma balconista de frios e uma dona de mercearia.
As pessoas são estranhas. E não, você não deve procurar sentido – ou moral – nesta estória. “Procure um texto melhor, este não serve pra você”.
Interessante, prendeu minha atenção. Gostei do final!
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